A Malcastrada

A obra 'A Malcastrada' de Emma Santos é uma exploração profunda da escrita dos considerados 'loucos', uma escrita que desafia a normalidade e confronta a psiquiatria e as instituições opressivas. Inspirando-se em figuras como Nerval, Artaud e Jarry, Santos dá voz aos doentes, esquizofrénicos e paranóicos, que se opõem à repressão e à normatividade. A narrativa destaca o Movimento de Libertação dos Loucos, uma luta contra a normalidade e a condenação dos psiquiatras. A autora aborda temas como a anti-psiquiatria, a contra-sexualidade e o movimento anti-patriarcal, propondo uma nova linguagem e uma nova forma de ver a sub-humanidade frequentemente marginalizada. A obra é uma crítica contundente à sociedade e às suas normas, oferecendo uma perspetiva única sobre a loucura e a criatividade literária.